Como eu disse na primeira parte do encontro, eu tive que deixar o grupo por algumas horas. Nós nos reencontramos à 19h e Henrique, estudante de arquitetura que tem os desenhos originais do conjunto e que está pesquisando a arquitetura dos prédios, já estava com eles e nos acompanhou até à Comunidade Santa Terezinha e São Francisco.
Chegando lá, apresentei o grupo para a irmã Luiza e para Isabel e Kátia, responsáveis pelo ensaio do coral infantil.
O encontro foi marcado por dois momentos, o primeiro foi quando chegamos e ainda tinha alguns moradores do conjunto se despedindo das irmãs. Nós entramos e logo todos ficaram curiosos em saber quem eram aquelas pessoas.
Quando foram informados, as irmãs juntamente com a Kátia se juntaram dentro da casa. Achei estranho, mas depois a Fernanda me explicou. O padre Lucas achou estranho e queria mais informações sobre a gente. Então, conversamos com ele e falamos do nosso projeto. Ele com um ar desconfiado, comportamento natural, afinal, como eu já disse, é raro alguém querer falar bom da Rua Paim e do Conjunto Santos Dumont, ele nos ouviu, conversou com a gente e entendeu.
Logo em seguida uma moradora nos deu “um toque” de como deveríamos agir, com relação às gravações. Ela nos pediu para que não chegássemos do nada e apontássemos a câmera para a cara das pessoas.
É nesta hora que acontece o segundo momento que marcou nosso encontro. A irmã Luiza entrou em nossa defesa: “Eles não vão fazer isso. A Cinthia já veio aqui, já me explicou como vai ser, e desde então ela está seguindo todos os passos direitinho.” Kátia aproveitou a deixa para complementar as palavras da irmã e nos elogiou pela iniciativa e pela boa intenção.
Fiquei tão feliz de ter ouvido pessoas que acreditam no nosso trabalho. O grupo como um todo ficou emocionado com o carinho e confiança depositado em nós. Henrique ficou admirado pelo o nosso documentário e confidenciou que a pesquisa dele também é voltada para área humana e esse contato que nós proporcionamos a ele era fantástico.
Enquanto Fernanda conversava com os jovens que ensaiam aos sábados na comunidade, eu e Tiago levamos Henrique ao apartamento do Diego, pena que ele não estava, mas deu para Henrique admirar o desenho interno do prédio do 14 Bis, momento precioso para alguém que faz arquitetura.
Depois da tentativa de visita, voltamos para a Comunidade Santa Terezinha e São Francisco e deixamos várias ideias para ser colocada em prática. Foi muito legal, o pessoal do conjunto foi muito receptível e ficaram felizes em saber que a “comunidade” deles vai ganhar um documentário.
Felicidade e desanimo serão os dois sentimentos que andarão lado a lado com o grupo, já que temos um grande desafio a ser vencido: Conquistar a confiança da comunidade.
Galera esse foi mais um sábado de pura emoção e de muito trabalho. Volto logo mais…rsrs
Valeu!!! =D
Por Cinthia Almeida
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